quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A China e o desafio solar

 
 
Visitando a Shanghai Solar. Ao fundo uma placa monocristalina
 
 
 
Alfredo Sirkis 
 
Um dos pontos altos de minha recente visita à China, foi a visita a fábricas de placas fotovoltáicas. Aqui versão integral do artigo publicado na Foiha de São Paulo e relatório de visita à Yngli
 
Em menos de dois anos a China tornou-se líder no mercado internacional de energia solar. Em 2010 passou a dominar 50% do mesmo e estima-se que até o final deste ano possa chegar a 65%. As conseqüências dessa investida foram particularmente sentidas nos EUA com a falência de vários fabricantes de painéis solares entre as quais a Solyndra, da Califórnia que recebera subsídios do governo federal muito criticados pelos republicanos que defendem os interesses das empresas de petróleo e carvão. O governo norte-americano está acionando a China na Organização Mundial de Comércio (OMC) evocando empréstimos em condições especiais de bancos estatais, terrenos públicos cedidos a essas indústrias e outros apoios que, afinal, nada tem de muito diferente daquilo que a China vem fazendo em outros setores e que lhe permite, junto com seu ainda baixo custo de mão de obra estabelecer preços altamente competitivos.

No caso solar sua queda média nos preço de painéis solares foi de 42% desde o ano passado e está prestes vencer aquela histórica barreira que tornava a energia solar economicamente pouco competitiva frente a energias sujas como o carvão. Na China o quilowatt solar ainda custa o dobro mas as curvas estão convergindo rapidamente na medida em que o solar cai e o carvão --que a China já começa a importar-- aumenta. Visitei duas destacadas fábricas solares chinesas. A Shanghai Solar e a Yngli, perto de Pequim. A primeira pertence à empresa aeroespacial chinesa seu forte é pesquisa inovação. Monta as placas com modelos diferentes de fotovoltaicas poli e mono cristalinas.

Já a Yngli, a segunda maior da China, controla praticamente todo o ciclo fotovoltáico: processa pedras de silício recém-mineradas em blocos compactos que refina, purifica e realha para produzir as células mono e poli cristalinas que transformam a luz do sol em eletricidade. Logo, com seus robôs, a uma velocidade alucinante, monta-as em painéis famosos no mercado pela sua confiabilidade. A Yngli é totalmente privada e comandada manu militari por Miao Lian Sheng um peculiar capitão de indústria, amigo do presidente Hu Jintao. Ex-oficial Miao conserva um tanque no pátio de sua fabrica bota seus operários em ordem unida. Todos usam o uniforme azul marinho da empresa com garbo. Em 2008, a empresa produzia menos de 20 megawatts/hora em painéis, sua produção de 2012 está programada para chegar a 1.7 gigawatts/hora, este ano, e 2,7 em 2012. Vem investindo constantemente em inovações para aumentar o rendimento e a vida útil das células fotovoltáicas, bem como, no armazenamento cada vez mais eficiente de energia solar. Fui apresentado ao Flyweel, um cilindro com dispositivo de rotação em altíssima velocidade que substitui as baterias, um ponto vulnerável das instalações solares atuais.(mais detalhes abaixo)

Senti inveja... O Brasil, com suas condições de insolação privilegiadas e abundante disponibilidade de silício de boa qualidade, deitado em berço esplêndido enquanto Alemanha, Espanha, EUA e China passaram a investir e competir no solar, quer em usinas quer, no que me parece ser seu uso mais adequado: na aplicação urbana, descentralizada, em telhados e fachadas, conectadas a uma rede elétrica “inteligente” ou servindo diretamente às edificações. Ficamos vergonhosamente para trás. Já no há tempo para reinventar a pólvora e nos tornarmos competitivos em termos de produção de painéis. Também não parece o caso de adotarmos as tarifas feed-in que remuneram o solar até quatro vezes mais o preço da energia convencional. Já temos tarifas muito caras e também recursos de pesquisa e desenvovimento nas concessionárias que podem subsidiar o solar numa primeira fase.

Precisamos viablizar a produção distribuída nessas redes “inteligentes” capazes de receber a produção do consumidor, medi-la e abatê-la de sua conta de luz. As concessionárias deverão comprar essa produção pelo mesmo preço por quilowatt que lhe vendem a sua. Devemos estimular o solar nos equipamentos e edificações de apoio da Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e, de uma forma combinada com o aquecimento solar da água, em programas de habitação. O sol bate à nossa porta também. Vamos deixar que entre?

VEJA O VíDEO DAS VISITAS ÀS FÁBRICAS SOLARES CHINESAS

Relatório da visita à Ingly
(do relatório do Itamaraty, sobre minha visita à China)

A China é a maior fabricante mundial de painéis fotovoltaicos (aproximadamente 50% da produção global), ao passo que a Alemanha é o maior mercado, com capacidade instalada atual de aproximadamente 17 GW. O setor passa atualmente por momento decisivo devido a quatro fatores principais: ganho de escala, com a capacidade instalada mundial prevista para atingir 64 GW em 2011; rápida queda de custos de geração e dependência cada vez menor de subsídios (preço da eletricidade para consumidor final na Alemanha € 0,23-0,25/kWh; tarifa subsidiada € 0,30/kWh); baixa recorde do preço do silício, principal insumo para a produção de células fotovoltaicas (US$ 500/kg em 2008; US$ 35/kg em 2011); competição acirrada entre os principais fabricantes, que deverá levar à consolidação de poucos grandes conglomerados.

A Yingli é a quarta maior fabricante mundial de painéis fotovoltaicos, após a Suntech (CN), First Solar (US) e Sharp (JP). Listada na Bolsa de Nova Iorque, a empresa tem 21.000 empregados, ativos de US$ 4,8 bilhões e faturamento previsto de US$ 2 bilhões em 2011. Seus principais mercados são a Alemanha (60%), a China (20%) e os EUA (15%). A capacidade de fabricação de painéis fotovoltaicos da empresa, que atualmente corresponde a 1,7 GW por ano, está em rápida expansão, devendo chegar a 2,7 GW em 2012 e 5 GW nos próximos anos.

A Yingli enviou recentemente um funcionário para o Brasil, onde deverá permanecer por seis meses para estudar o mercado nacional. Respondendo a pergunta de colaborador meu, funcionários da empresa esclareceram que a Yingli não tem planos de investir na produção de células fotovoltaicas no Brasil (nem em qualquer outro país), preferindo concentrar toda sua produção na China.

Sob o aspecto tecnológico, a Yingli difere da maioria das demais fabricantes chinesas (incluive a Suntech) por dominar todas as etapas do processo produtivo. A empresa fabrica com tecnologia própria grande parte das lâminas de silício de alta pureza e espessura microscópica (180 micra) utilizadas na fabricação das células fotovoltaicas, principais componentes dos painéis de geração. O perfil inovador da empresa é reconhecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MOST), que apoiou a instalação do primeiro laboratório de energia solar da China nas dependências da empresa, em Baoding.

Segundo funcionários da Yingli, a aposta fundamental da companhia na área de geração são as células fotovoltaicas de silício monocristalino e policristalino, tecnologias que, na visão da empresa, seguirão dominando o mercado pelo menos pelos próximos dez anos (a empresa não produz equipamentos com a tecnologia de “filme fino” [“thin film”], principal alternativa às células de silício). Os painéis de silício monocristalino e policristalino da Yingli apresentam eficiências de 16% e 14%, respectivamente, com vida útil de 25 anos, desempenho comparável ao dos melhores fabricantes mundiais.

No tocante às novas tecnologias atualmente em estudo, destacam-se os investimentos em sistemas de armazenamento de energia, essenciais para a superação dos problemas de sazonalidade associados à energia solar. A principal aposta nessa área são os volantes de inércia (“flywheels”), tecnologia alternativa às baterias que armazena energia mecânica em êmbolos que giram a alta velocidade levitando sobre campos magnéticos. Outro campo de estudo promissor são sistemas integrados que aproveitam o calor residual dos painéis fotovoltaicos para o aquecimento de água.

Galeria de fotos.



Maquete do centro de pesquisas da Shanghai Solar

O passarelão fotovoltáico da Shnaghai Solar














Na Yngli, a segunda maior da China

Os orgulhosos e motivados funcionários da Yngli














Bloco de silício, materia prima da célula fotovoltáica

O flyweel, invenção que substitui a bateria

 

















































































 
 Fonte: www.sirkis.com.br


É! Vida nova!


 
Não sei, mas a sensação que passa é que atravessamos uma porta ao chegarmos a um ano novo. Uma loucura coletiva, sem dúvida. Todos ficamos, uns mais outros menos, com a cara de algo ter acontecido com nossas vidas. E a reação varia de pessoa pra pessoa, criando alguns tipos. O hiper-otimista afirma, tentando se auto convencer: “Esse ano vou arrebentar”. A gente ouve com certa tristeza, pois nos traz uma informação que nem ele acredita.

Temos também os que tentam ser indiferentes. O indiferente de esquerda tenta desqualificar o evento afirmando ser uma trama do comércio capitalista pra faturar nossa grana. Mais uma espoliação. O conservador tenta provar que nada muda, e que essa divisão do tempo é uma abstração. E o indiferente pessimista acha que a porca vai torcer o rabo, e prova, numa análise de conjuntura rápida e superficial, que tudo irá piorar. Além de mais um ano ser de fato menos um nas nossas vidas.

Mas é um ano de eleições municipais, levando frisson às disputas em todas as cidades, pondero… É o primeiro carnaval sem Joãosinho Trinta, o artista que transmudou a folia momesca. A Semana Santa que marca de fato o início do ano e temos muito o que trabalhar para enfrentar a loucura brasileira. Esse fordismo retardatário, enchendo nossas ruas de automóvel. Essa ganância do capital especulativo, que quer exportar grãos comprometendo o futuro da atividade agrícola, devastando as ultimas reservas florestais e fluviais. Eles não conseguirão. Ouço meu otimismo renitente. Ponho-me à disposição para o debate. Convoco a todos para as fileiras do bem, para a construcão de um ano feliz e novo.

É! Vida nova.

José Luiz Penna

Fonte: www.deputadopenna.com.br

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SUSTENTABILIDADE

DESDOBRAMENTOS E SIGNIFICADOS DA SUSTENTABILIDADE

 

SUSTENTABILIDADE

 

O termo “sustentabilidade” na medida que é aplicado a tudo se torna vago e uma espécie de moda passageira, termo de mil e uma utilidade nos discursos econômico, políticos e ideológicos. Contudo, seguir os princípios da sustentabilidade aponta não destruir a base de vida das gerações futuras. Um dito indígena descreve isso mais claramente: “Nós pescamos no nosso lado, vocês pescam no seu lado e ninguém pesca no meio.” Para todos os humanos poderem viver com dignidade e equilíbrio no Planeta que possuem, o conceito de “sustentabilidade” é a necessidade vital. Consumo sustentável comercio justo todo este universo de novas abordagens e posturas estão interligados. (ver também economia verde). A sustentabilidade não se cria por Lei, por escritório e nem se impõe, é construída. Ao poder público cabe construir um marco de estímulo e atuação da sustentabilidade: com tributos, estímulos fiscais, pesquisas, etc 

 

DESENVOLVIMENTO

 

A palavra Desenvolvimento é aplicada para nomear várias situações á economia sociedade. Se diz “país desenvolvido” quando o país possui indicadores econômicos, sociais, políticos e culturais que alcançam certos padrões, geralmente referido aos países industrializados.O pa´s era “Subdesenvolvido” se não alcançara determinados padrões. Para destacar mais o aspecto social foram formulados conjunto de indicadores para formar um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Em outros casos se enfatiza o “desenvolvimento político”, ou seja, é avaliado se a sociedade tem organizações políticas democráticas e grau elevado de organização e participação. Essencialmente ser desenvolvido implica uma harmonia de todos os indicadores de desenvolvimento e não de apenas alguns, neste caso seria apenas crescimento e não desenvolvimento. O conceito de desenvolvimento sustentável vem qualificar mais ainda as peculiaridades do desenvolvimento. 

 

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

 

A distribuição territorial das atividades humanas é a variável chave para planejar o desenvolvimento sustentável (assentamentos, impactos ambientais). É um conceito de interpretações diversas segundo quem o formule. Definido pela ONU como aquele que “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade e as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades” . O conceito de “desenvolvimento sustentável” engloba de maneira inédita as dimensões econômicas, ambiental e social. Implica uma concepção sistêmica e transdisciplinar. Não esta enquadrada só na instancia ambiental de políticas públicas, mas implica uma concepção integral de desenvolvimento e qualidade de vida cidadã combatível com a conservação e distribuição adequada dos recursos. Desde a Conferência Rio 92, plasmado na AGENDA 21, um conjunto de instrumentos, como convênios, acordos, buscam colocar o mundo rumo a sustentabilidade.

 

ECONOMIA ECOLOGICA e SUSTENTABILIDADE

 

A questão ou dilema da crise sistêmica que se quer resolver é a de que 1 bilhão de pessoas consumindo ao estilo do modelo atual de produção e consumo. Este modelo colocou em cheque e em perigo as condições de vida da espécie no Planeta. Que passaria se os outros 5 bilhões acedessem ao mesmo modelo de consumo?


Para uma reflexão sobre os caminhos da economia o professor José Eli da USP (Universidade de São Paulo) três estratégias são propostas:


1) A convencional, onde o caminho da estabilidade se alcança quando a renda per capita chegue a U$ 20 mil. Neste nível melhoraria o ambiente, a sustentabilidade se chegaria a um crescimento econômico generalizado. Os formuladores dessa tese – G.M. Grossman e A.B. Krueger – a chamaram de “Curva de Kuznets Ambiental” devido à sua notável semelhança com a hipótese sobre a distribuição de renda lançada por Simon Kuznets em 1954, que exigiu quatro décadas para que fosse esquecida.


2) A ecológica propõe que só pode haver sustentabilidade naquela condição erroneamente denominada pelos clássicos de “estacionária”, ou seja, quando a qualidade de vida de uma sociedade segue melhorando sem que isso continue a exigir o aumento físico de seu subsistema econômico. As nações que já atingiram altos níveis de desenvolvimento deveriam planejar a transição para esse modo mais avançado de prosperidade e contribuir com outros países para que o façam com estilos ambientalmente menos agressivos. Defensores dessa tese – Herman E. Daly – preferiu chamá-la de “steady state economy”, tanto para superar o tropeço semântico dos clássicos, quanto para enfatizar a semelhança com o conceito termodinâmico. Daly tem sido acusado de direita, de esquerda, argumentando-se que qualquer tipo de condição estável seria a negação do sistema capitalista e incompatível com a democracia. Contestando a própria necessidade de qualquer restrição ao crescimento econômico.


3) Uma terceira via. Inclui os que consideraram que a posição ecológica é impraticável, e que a convencional é inconsistente com as grandes questões ambientais globais, frente inclusive a ruptura climática. Apostam, em uma reconfiguração do processo produtivo na qual a oferta de bens e serviços tenderia a ganhar em ecoeficiência: desmaterializando-se e ficando cada vez menos intensiva em energia. A economia poderia assim continuar a crescer sem que limites ecológicos fossem rompidos, ou recursos naturais viessem a se esgotar. Esta tese denominada “descasamento” (decoupling), em analogia a outro conceito da física cosmológica – é a essência das abordagens que tentam evitar o dilema do crescimento, por um caminho do meio entre o otimismo convencional e o pessimismo dos ecológicos. Essa terceira postura estaria ganhando espaço com apoio do Banco Mundial, mas em abril de 2009, a posição teria alterado pelo lançamento do relatório “Prosperity without growth? – The transition to a sustainable economy”, elaborado por Tim Jackson para a Comissão de Desenvolvimento Sustentável do governo britânico, que fortaleceria a segunda tese. O debate do dilema do crescimento exigirá rompimento mental com uma macroeconomia inteiramente centrada no ininterrupto aumento do consumo, em vez de um keynesianismo pretensamente esverdeado por propostas de ecoeficiência. Isto dificilmente deterá a pressão sobre os recursos naturais. Que seria uma macroeconomia para sustentabilidade? Seria reconhecer os limites naturais à expansão das atividades econômicas, rompa com a lógica social do consumismo. Não existe um pensamento econômico cujo impacto tenha algum paralelo com a ascensão da macroeconomia keynesiana em resposta à miséria intelectual dos anos 1920. Os economistas ecológicos até obtiveram algum êxito na crítica ao pensamento econômico convencional, no qual coexistem várias teorias que compartilham a mesma visão de um sistema econômico fechado, que não depende da biosfera. Pior: têm a mesmíssima ética voltada a uma suposta maximização do bem-estar da população atual, sem quaisquer considerações sobre limites ecológicos e sobre o bem-estar de gerações futuras. Esse é o denominador comum a todas as escolas, das mais ortodoxas às mais heterodoxas. A crítica da economia ecológica ao cerne do pensamento convencional só foi até agora assimilada por uma ínfima minoria. Razão da incipiência na formulação de alternativa que supere o que há de mais comum nas várias teorias macroeconômicas em voga. (resumo do texto de Jose Eli da Veiga, especialista que tem tratado o tema da sustentabilida).

Fonte: www.projetobrasilsustentavel.org

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal


Neste Natal, o Partido Verde de Massapê se veste de luz e faz ressoar o cântico de seus corais. Sintonizados com um espírito universal que inspira a confraternização e a generosidade, renovamos nossas forças e o nosso propósito de servir cada vez melhor à sociedade. Desejamos que este grande  Partido siga crescendo, avançando no caminho da excelência na luta por uma sociedade mais igual, fundamentada na sustentabilidade ambiental e aprofundando sua missão transformadora.


Nossos votos são de que, no lar e no ambiente de trabalho, tenhamos um Natal feliz, cumulado de bênções que, no Ano Novo, hão de traduzir-se em novas e abundantes realizações.




                                      Analberto Jardas Fernandes Moreira                                                                 Presidente do PV de Massapê                           

Quem Somos - Partido Verde - PV

O Partido Verde foi fundado em 17 de janeiro de 1986 como uma organização política com personalidade jurídica de direito privado. Possui registro definitivo deferido pelo Tribunal Superior eleitoral, com duração por prazo indeterminado e rege-se por um estatuto, observados os princípios constitucionais e as normas legais.

Quer conhecer melhor o Partido Verde?


www.pv.org.br

Estatuto PV

Quem somos - Fundação Verde Hebert Daniel - FVHD

A Fundação Verde Herbert Daniel (FVHD) é uma entidade privada, dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, que tem por finalidade promover, coordenar e executar ações, projetos e programas; promover e organizar seminários, simpósios e outros foros de debates sobre questões relacionadas aos objetivos, bem como eventos, cursos de formação e concursos.

A FVHD pode constituir centro de pesquisas e estudos para o desenvolvimento e a difusão da cultura, política, ecologia e meio ambiente; colaborar com os poderes públicos e com as instituições culturais e ambientais particulares, em tudo quanto condiga com o progresso político, ambiental e cultural do país; criar centros educacionais de natureza assistencial, destinadas à formação política, ambiental e cultural de crianças, jovens e adultos.

A FVHD foi instituída com fundamento no Código Civil, artigos 2.031 e 2.032, protocolada e registrada no cartório do 3º Ofício de Notas e Protestos de Títulos do Distrito Federal sob o nº 073103, em 25/07/2007.

Direção

Conselho Curador
Raimundo Marcelo Carvalho da Silva (presidente) Alfredo Hélio Sirkis (vice-presidente)  Sandra do Carmo Menezes Jovino Cândido da Silva Eurico José Albuquerque Toledo Ivanilson Gomes dos Santos Rivaldo Fernandes Pereira  Osvander Rodrigues Valadão Aluízio Leite Paredes

Suplente
Fabiano Lima da Silva Carnevale

Conselho Fiscal
Reynaldo Nunes de Morais (presidente) Ricardo Silva Daniela Carvlaes

Diretoria Executiva
Marco Antonio Mroz (diretor-presidente) José Carlos Lima da Costa (diretor financeiro) Ovídio Teixeira Cardoso (diretor adminsitrativo) José Paulo Toffano (diretora técnica)

Os 12 valores verdes

 
 
A Ecologia
A preservação do meio ambiente, o ecodesenvolvimento (ou desenvolvimento sustentável), a reciclagem e a recuperação ambiental permanente.
 
A Cidadania
O respeito aos direitos humanos, o pluralismo, a transparência, o pleno acesso à informação e a mobilização pela transformação pacífica da sociedade.
 
A Democracia
O exercício da democracia representativa, através do processo eleitoral e da existência de um poder público eficiente e profissionalizado, combinado com mecanismos participativos e de democracia direta, sobretudo em âmbito local, através de formas de organização da sociedade civil e conselhos paritários com o poder público.
 
A Justiça Social
Condições mínimas de sobrevivência com dignidade para todas as pessoas. Direitos e oportunidades iguais para todos. O poder público como regulador do mercado protegendo os mais fracos e necessitados, garantindo o acesso a terra e promovendo a redistribuição da renda através de mecanismos tributários e investimento público.
 
A Liberdade
A liberdade de expressão política, criação artística, expressão cultural e informação; o direito à privacidade; o livre arbítrio em relação ao próprio corpo; a autonomia e a iniciativa privada, no âmbito econômico. 
 
O Poder Local
O fortalecimento cada vez maior do poder local, das competências municipais e das formas de organização e participação da comunidade. Para transformar globalmente é preciso agir localmente.
 
A Espiritualidade
A transformação interior das pessoas para a melhoria do planeta. Reconhecimento da pluralidade de caminhos na busca da transcendência através de práticas espirituais e de meditação ao livre arbítrio de cada um. 
 
 O Pacifismo
O desarmamento planetário e local, a busca da paz e o compromisso com a não violência e a defesa da vida.
 
 O Multiculturalismo
A diversidade, a troca e a integração cultural, étnica e social para uma sociedade democrática e existencialmente rica. Preservação do Patrimônio Cultural. Contra todas as formas de preconceito e discriminação racial, cultural, etária ou de orientação sexual. 
 
O Internacionalismo
A solidariedade planetária e a fraternidade internacionalista diante das tendências destrutivas do chauvinismo, etnocentrismo, xenofobia, integrismo religioso, racismo e do neofascismo a serem enfrentados em escala planetária, assim como as agressões ambientais de efeito global. 
 
A Cidadania Feminina
A questão masculino/feminino deve ser entendida de forma democrática, avançando no sentido de se conceber uma profunda interação entre os dois pólos, nos diversos setores da sociedade, visando a uma real adequação às necessidades circunstanciais. Homem e mulher devem buscar, como integrantes do sistema social, mudanças e transformações internas que venham a se traduzir numa prática de caráter fundamentalmente cooperativo. Maior poder, maior participação e maior afirmação da mulher e dos valores e sensibilidade feminina, além do combate a todas as formas de discriminação machista ou sexista, por uma comunidade mais harmônica e pacífica. 
 
O Saber
O investimento no conhecimento como única forma de sair da indigência, do subdesenvolvimento e da marginalização para uma sociedade mais informada e preparada para o novo século. Erradicação do analfabetismo, educação permanente e a reciclagem de conhecimentos durante toda a vida. Prioridade ao ensino básico, garantia de escola pública, gratuita e de qualidade para todos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Seminário da FVHD em MS apontou alternativas para o desenvolvimento sustentável

O Seminário “Caminhos para a Sustentabilidade em Mato Grosso do Sul”, promovido pela Fundação Verde Herbert Daniel (FVHD), no dias 16 e 17 de dezembro, em Campo Grande e Bonito – MS, discutiu diversos temas que levaram os participantes a refletir sobre a construção de alternativas para o modelo atual de desenvolvimento. As palestras trouxeram para o debate questões como “A utilização da web para a sustentabilidade”, “A formação social do Estado de Mato Grosso do Sul”, “Como alcançar a sustentabilidade” e “O movimento Felicidade Interna Bruta”.

O palestrante Flávio Fraga, diretor executivo da empresa Vizion – Gestão de Negócios Empresariais, falou sobre a relação entre a web e a divulgação da sustentabilidade, citando as vantagens que a internet possui, como maior alcance, baixo custo, velocidade de difusão, redes de relacionamento e mobilização. Ele apontou que o Brasil é o 1º colocado em tempo de navegação nas redes sociais e que Mato Grosso do Sul ocupa a 5ª colocação em número de usuários da internet entre todos os Estados do Brasil. “As redes sociais podem ser utilizadas como ferramentas de conscientização, participação e mobilização de indivíduos em prol da sustentabilidade”, frisou.

O Seminário também contou com a palestra “A formação social do Estado de Mato Grosso do Sul”, proferida pelo cientista social Paulo Eduardo Cabral, com o objetivo de apresentar o desenvolvimento histórico de Mato Grosso do Sul. Paulo Cabral destacou aspectos da história indígena no Estado, enfatizando que essa população passou por muito tempo ao largo da história no país, justamente em um período em que reclamavam por seus direitos. “Mato Grosso do Sul possui a 2ª população indígena do país e a falta de conhecimento sobre os índios é algo que foi socialmente construído. (…) A sustentabilidade deve considerar o aspecto humano. Não dá para ter sustentabilidade se você não cuida das pessoas”, afirmou.

O Diretor Técnico da FVHD e Ex-Deputado Federal (PV-SP), José Paulo Toffano, apontou caminhos para se alcançar a sustentabilidade em Mato Grosso do Sul. De forma dinâmica e interativa, ele citou exemplos de formas de conservação do meio ambiente, enfatizando os três “erres” da sustentabilidade: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. “Reciclar leva a nossa medalha de bronze, porque é um processo longo, que demanda energia; Reutilizar é a nossa medalha de prata e permite o reaproveitamento de copos plásticos, papéis, água, entre outros; agora a redução é a nossa medalha de ouro – podemos reduzir o consumo de energia, de combustível, do lixo que utilizamos”. Toffano deixou como sugestões para Mato Grosso do Sul a colocação de paralelepípedos em ruas pouco movimentadas, que absorvem a água, a implantação de calçadas ecológicas e de painéis solares, além de ciclovias, que contribuem para a diminuição de problemas de saúde da população e ainda para uma menor poluição do meio ambiente.

A coordenadora do movimento Felicidade Interna Bruta (FIB) no Brasil, Dra. Madeline Susan Andrews, apresentou o conceito de Felicidade Interna Bruta e as ações desenvolvidas pelo movimento no Brasil. O FIB é um indicador sistêmico baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material, com o psicológico, o cultural e o espiritual. Assim, o cálculo da riqueza deve considerar outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.

Segundo Susan, as nove dimensões do FIB são: bem-estar psicológico, boa saúde, uso equilibrado do tempo, vitalidade comunitária, educação de qualidade, acesso à cultura, proteção ambiental, boa governança e bom padrão de vida. “O PIB (Produto Interno Bruto) está aumentando, mas será que estamos mais felizes? Nos Estados Unidos, o PIB cresceu três vezes, mas a felicidade da população diminui três vezes”, revelou. A psicóloga demonstrou estudos que indicam que quem é feliz, tem nove anos a mais de vida, lida melhor com situações difíceis, são mais bem sucedidos, tem melhores casamentos, etc. Ela também mostrou que estudos revelam que o dinheiro não traz felicidade. “A felicidade aumenta conforme a pessoa possui dinheiro para condições de sobrevivência, conforto e luxo, depois desse ponto o dinheiro não traz mais felicidade”.

O presidente do Partido Verde em Mato Grosso do Sul, vereador Marcelo Bluma, avaliou o Seminário como extremamente produtivo. “Esperamos reproduzir eventos dessa natureza em Mato Grosso do Sul para que o nosso Estado cresça cada vez mais e possamos levar à população as teses que defendemos. Nosso Estado precisa colocar em sua agenda a sustentabilidade para que tenhamos um futuro de qualidade”, afirmou.

Fonte : PV. MS

2012 começará com votação de royalties e do Código Florestal

O presidente da Câmara, Marco Maia, informou nesta terça-feira que 2012 vai começar com a votação de propostas polêmicas que foram adiadas neste final de ano, principalmente os textos aprovados pelo Senado sobre a divisão dos royalties do petróleo (PL 2565/11) e o novo Código Florestal (EMS 1876/99).

Além dessas duas propostas, também é considerado prioritário o projeto (PL 1992/07) que regula a previdência complementar dos servidores públicos federais e cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), para gerenciar os recursos.

Em entrevista coletiva hoje pela manhã, Marco Maia fez um balanço dos trabalhos legislativos de 2011. Ele informou que a Câmara aprovou 144 propostas em Plenário e 493 nas comissões. No total, foram 637 textos aprovados.

O presidente respondeu a perguntas de jornalistas que cobrem o Congresso e de telespectadores da Rádio e da TV Câmara que participaram por meio do serviço 0800 da Casa.

Trabalhadores 

Maia disse que pretende negociar, ainda no primeiro semestre de 2012, a votação de uma política de reajuste acima da inflação para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo e o fim do fator previdenciário. “É preciso convencer a equipe econômica do governo, mas já temos uma comissão especial e estamos negociando isso com o Ministério da Previdência”, disse.

O presidente da Câmara lamentou não ter conseguido incluir na pauta de votações do Plenário o Projeto de Lei 4330/04, que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil e concede mais segurança a esses empregados. Para Marco Maia, a prioridade tem de ser dada aos trabalhadores, tanto que, entre as principais matérias aprovadas neste ano, ele ressaltou a política de valorização do salário mínimo até 2015 (PL 382/11) e o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (PL 3941/89).

Reajuste de servidores
 
Perguntado sobre o reajuste de servidores, Maia disse que a Câmara deve seguir uma política semelhante à do Poder Executivo e integrar o esforço para não aumentar os gastos públicos em um momento de crise na economia mundial. “Deveríamos ter uma política de reajustes do setor público, para que isso fosse discutido de maneira mais natural, como na iniciativa privada, que tem uma data todos os anos para a correção dos salários”, afirmou.
O presidente admitiu rever o pagamento de funcionários dos gabinetes dos deputados, cujos salários estão “congelados” há cinco anos. Maia frisou, entretanto, que essa correção depende de mudanças no Orçamento de 2012, que não prevê recursos para tanto. O relator-geral do projeto do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), tem sinalizado que não abrirá exceção para reajustes nem na Câmara, nem no Judiciário, que também vem pressionando parlamentares pela inclusão, na proposta orçamentária, de recursos para aumento de salários.

Legislativo e Executivo
 
Marco Maia também foi questionado sobre a presença da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, nas votações mais importantes da Câmara, e se não haveria interferência do Executivo na condução dos trabalhos legislativos. O presidente disse que, pelo contrário, a ministra foi chamada ao seu gabinete porque os acordos estavam sendo feitos pela Câmara, de forma institucional.

“Foi exatamente porque mudamos a forma de encarar essas votações que pudemos fazer acordos para votar temas importantes. Não se trata de um embate entre governo e oposição, e a ministra foi chamada a participar, e não para conduzir o acordo”, declarou.

Para exemplificar essa questão, Marco Maia afirmou que das 33 medidas provisórias votadas na Câmara, e que viraram lei, 27 foram modificadas pelos deputados e se transformaram em projetos de lei de conversão.
Criação de CPIs
 
O presidente Marco Maia afirmou ainda que vai analisar com cuidado os pedidos para criação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) em 2012. O deputado afirma que não é engavetador de pedidos de CPI e que não se pode banalizar o instrumento da CPI. Por isso, ressalta que os requerimentos apresentados na Casa devem ter foco e fato determinados, para que não se transformem em instrumento de disputa política entre governo e oposição. “Não foi uma postura de dificultar as CPI’s. Durante este ano tivemos a apresentação de alguns pedidos de CPI, mas que não tinham foco concreto, nem fato determinado que permitissem a instalação imediata. Toda CPI que for proposta, que tiver foco, que tiver o endereço certo, que tenha condições de produzir resultados concretos, será instalada na Câmara dos Deputados, sem nenhum problema, sem nenhuma dificuldade. Não foi o caso deste ano de 2011.”

Fonte : Agência Câmara

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Rio + 20: Governança global: uma OMC da sustentabilidade?


A questão da governança internacional é fundamental e, ao mesmo tempo, dificílima. Ninguém quer abrir mão de soberania. A OMC é um modelo para uma agência ambiental local. O Itamaraty recuou.

Alfredo Sirkis

Uma das críticas que frequentemente faço aos negociadores das COP (Conferencias das Partes) sobre Clima é que se comportam como se estivessem numa rodada comercial do GATT, no passado, hoje da OMC(Organização Mundial do Comércio). Enveredam por um regateio, um toma-la-da-cá, um você-não-dá-eu-também-não-dou como se estivessem discutindo barreiras protecionistas, quotas de importação ou patentes. São temas altamente respeitáveis mas nas COP, discute-se algo que vai muito além de uma queda de braço comercial porque envolve e atinge a todos: o destino do planeta e das futuras gerações.

Poderemos ter um planeta aquecido mas ainda assim com mudanças climáticas sob controle, se o aumento médio ficar em 2 graus Celsius, ou poderemos ter um planeta à deriva com sucessões de fenômenos climáticos extremos, colapso da agricultura de da produção de alimentos, êxodos de populações, guerras por água, ecossistemas devastados, desertificados, cidades inundadas, como aponta a atual curva de aumento das emissões e acúmulo de GEE na atmosfera. Nas COP cada delegação defende os interesses nacionais (aparentes) de seu país que significa metas de redução de emissões as menores possíveis, voluntárias, obrigações de desembolso e transferência de tecnologia sujeitas a barganhas e regateios. Há 193 países representados cada qual defendendo seu interesse nacional ou, mais exatamente, governamental. E quem se coloca do ponto de vista de todos, do planeta como um todo? Ninguém.

Salta aos olhos a necessidade de uma governança supra-nacional mas boa parte dos grandes atores lhe é visceralmente hostil. Para os EUA, nem pensar, pelo menos até depois de novembro de 2012. O Tea Party que anda pautando a política norte-americana pela chantagem sequer acredita no aquecimento global e considera a ONU entidade inimiga. A China não admite qualquer condicionante externo às suas políticas ambientais e climáticas. A Índia pior ainda. A Europa e o Japão atingidos pela crise estão sob a tentação de querer se livrar de quaisquer metas obrigatórias quando o Protocolo de Kioto for para o espaço, no final de 2012. O Brasil, que poderia liderar o processo em função de várias circunstâncias, também desconfia da governança supranacional –será que vão querer tascar a Amazônia???-- embora sua forma de lidar com essa questão seja menos ostensiva e se dê mais pela sua diluição em foros gigantescos de consenso incansável com as COP com seus 193 países.

Nesse contexto por onde pode avançar a governança planetária? No passado o Brasil chegou a namorar a idéia de uma organização internacional da sustentabilidade e do meio ambiente que tivesse inclusive base (ou uma de suas bases) no Rio de Janeiro. Hoje o Itamaraty está totalmente recuado em relação a isso, atribui sua reserva a uma eventual hostilidade dos africanos em relação a com isso se esvaziar o PNUD e PNUMA. Discute umas medidas aparentemente aleatórias como o estabelecimento de metas (parecidas com aquelas do milênio, mais focadas em sustentabilidade) ou de um “ente guarda-chuva” da ONU juntando de forma flexível vários de seus organismos. Os itamaratecas confidenciam que têm uma “excelente proposta” mas não conhecemos sequer seus contornos, por enquanto.


Se a postura dos diplomatas nessas negociações deveria fugir radicalmente daquela das rodadas comerciais, há algo da OMC que interessa nessa discussão. Afinal a OMC é um dos poucos organismos com poder supranacional de fato para arbitrar conflitos comerciais, sancionar países, estabelecer políticas globais sobre questões de comércio internacional. Seja qual for o formato uma governança global de sustentabilidade e meio ambiente deveria, no mínimo, possuir nesse campo poderes análogos aos da OMC no comercial.


Pessoalmente continuo pensando, apesar das objeções “realistas” que ouço dos meus amigos no Itamaraty, que a Rio + 20 é a oportunidade de se tentar avançar rumo a uma Organização Mundial do Desenvolvimento Sustentável, com sede (ou uma das sedes) no Brasil, no Rio de Janeiro, cidade emblemática do tema por razões óbvias.


Idéia “sonhática”, pouco pragmática? Vá-lá que seja. Mas pretendo lutar por ela. E você?

Fonte: www.sirkis.com.br

Rio + 20: Economia verde, o que será?


Propostas para o primeiro grande tema da Rio + 20: economia verde e combate a pobreza. Algumas decisões factíveis. É só querer...
Alfredo Sirkis
Antigamente eu gostava de provocar os percussores da Agenda 21 local, nos governos municipais dizendo que a grande maioria tinha uma relação com o tema tipo sexo no ginásio (na minha época, claro) “fala-se o tempo todo, ninguém sabe o que é”. O mesmo poderia se aplicar à economia verde. Mas vou fugir da discussão conceitual para ir direto aos finalmentes, às propostas que quero formular para depois esmiuçar:

2.1 – Atribuir valor econômico e preço aos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Esse é um ponto de partida fundamental. O papel de uma floresta que retém e absorve CO2, por exemplo, pode continuar sem preço? Atribuir valor apenas às matérias primas, insumos, commodities, manufaturados e serviços numa economia visando o lucro sem atribuir valor econômico ao que, em última análise, nos permite sobreviver no planeta é a essência de um sistema produtivista dos Séculos XIX e XX, comum ao capitalismo e ao comunismo, que é preciso agora transcender. Só isso poderá viabilizar economicamente o desenvolvimento sustentável e uma sociedade de baixo carbono.

2.2 – Substituir o PIB como principal indicado da economia em benefício de um indicador também qualitativo e que incorpore o conceito de sustentabilidade. O simples crescimento consagrado no PIB: pode representar: mais poluição, mais entropia, mais sofrimento humano e gastos de saúde, por exemplo.

2.3 – Criar mecanismos que obriguem a reversão de capitais especulativos em investimentos em produtos e serviços sustentáveis. Os trilhões de dólares nas mãos da especulação financeira tornara-se uma nuvem na busca de lucros cada vez maiores e cada vez mais divorciados de uma materialidade produtiva levaram os EUA e a Europa a sua situação econômica atual. Não basta taxá-los ou tentar canalizá-los de volta para o investimento produtivo é preciso que esse investimento além de gerador de empregos seja sustentável e direcione-se para uma sociedade de baixo carbono para fazer frente à catástrofe climática que ameaça o planeta ao longo desse século.

2.4 – Criar um contexto internacional favorável à pesquisa, investimento científico, inovação, transferência de tecnologias e expansão de produtos e serviços ambientalmente amigáveis, recicláveis e direcionados a uma sociedade de baixo carbono. Viabilizar energias limpas, produzir mais com menos, reciclar e reaproveitar cada vez mais, replicar as melhores práticas de economia verde no âmbito planetário.

2.5 – Consolidar o mercado internacional de carbono esboçado no MDL. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo originário da Conferência de Kyoto começou a abrir caminho para uma precificação da redução de emissões der GEE. O Brasil é o país que mais poderá se beneficiar de uma ampliação e expansão desse mercado. Com todas as dificuldades e retrocessos ainda é muito mais fácil o Brasil cortar emissões reduzindo as queimadas e o desmatamento do que a China e os EUA mudarem sua matriz energética dependente em mais de 70% e em 50%, respectivamente, do carvão. Por isso quando tiverem metas de redução a cumprir deverão, sobretudo no caso dos EUA, buscar parte dessas metas aqui, na preservação e recomposição de florestas com captura de carbono e outros projetos análogos.

Esses são alguns pontos fundamentais da discussão de “economia verde” que se não formos com elas ao âmago das coisas corre o risco de virar uma rodada comercial do tipo OMC debatendo barreiras protecionistas ao nosso etanol versus proteção da propriedade intelectual ou coisas do gênero.

Fonte: www.sirkis.com.br

Penna fala das ações e crescimento do PV



 
O Partido Verde Osasco promoveu  este mês  na Câmara Municipal, o encerramento do “2º Ciclo de Formação Política”. O palestrante foi o Deputado Federal e presidente Nacional do PV, José Luiz de França Penna, que abordou temas como respeito à diversidade, código florestal, direitos humanos, agrotóxicos, miséria e combate às drogas.


Após contar sobre a trajetória do PV e de sua organização em todos os estados, Penna sublinhou que a sigla está organizada em todo o Brasil e deverá ter candidato a prefeito em muitas capitais. Em 2011, houve 80 mil novas filiações.


Em seguida, Penna falou sobre os direitos humanos e da necessidade de exigirmos os direitos naturais.  Sobre as drogas, Penna citou algumas das ações propostas pela presidente Dilma Rousseff para enfrentar o crack e outras drogas que contarão com R$ 4 bilhões em investimentos até 2014.

“Há mais de vinte anos, o PV tem tentado colocar o tema drogas em debate no cenário político. Também outros temas como o aborto, que mata e esteriliza milhares de mulheres, além da pluralidade da variedade e opções sexuais. Devemos respeitar a diversidade”, proferiu o deputado.
Penna citou os venenos que vão para a mesa do cidadão, referindo-se aos agrotóxicos usados por muitos agricultores. “Isso é uma agressão ao meio ambiente e ainda coloca em risco a saúde humana. Há contaminação de alimentos, de rios e solos”.

O deputado citou os funcionamentos de usinas nucleares sem licenciamento ambiental. “Participei da Conferência Brasileira de Energia com o tema ‘Sustentabilidade Energética no Século XXI’. Nosso desafio é desenvolver novas formas de geração de energia, que é a eficiência energética. Será que o mundo não pode fazer opção por outra matriz energética?”, questionou Penna que defende a energia solar e eólica.

O deputado Luiz Penna também advertiu sobre as inversões de valores que a sociedade vem sofrendo e disse ser necessário haver um novo pacto social que inclua pessoas que ainda vivem na miséria. O Brasil, em sua avaliação, precisa pensar urgentemente em propostas que tragam soluções a curto e médio prazo, pois não dá mais pra se conviver com o nível de violência e com a desigualdade atuais.

O evento contou com a presença de dirigentes regionais e municipais da Bacia 6. Dentre eles, Carlos Marx Alves, vereador Claudio da Locadora (Osasco); vereador Geraldo Teotonio da Silva e Kárita Benitez (Jandira); Evangelista Azevedo Limas representando o vice-prefeito de Itapevi, Jaci Tadeu; Sandra Gama (Embu); Dr. Cássio Souto (Cotia); Romildo Mendes (Itapecerica da Serra). Também prestigiaram o evento representantes da sociedade civil organizada, empresários e mídia local.

Fonte : PV. SP

O PV quer Belém Ecópole da Amazônia


O Partido Verde no município de Belém deu a largada rumo as eleições de 2012 com uma plenária que também encerrou as atividades de 2011. Na reunião realizada com dirigentes e filiados, no dia 13.12, as dezenove horas, no Clube Monte Líbano, foi apresentado a concepção para composição de um programa de governo verde para cidade de Belém e os dois nomes de consenso para chapa majoritária, o sindicalistas José Francisco Pantoja e empresário Milton Pinheiro que ainda passarão por um debate interno, até a decisão no ano 2012, quando apresentaremos o resultado das consultas a sociedade.

O programa Verde para uma “Belém Ecópole da Amazônia, uma cidade verde, boa para se viver e voltada para o futuro”, traz como linha central a desconcentração da primeira légua patrimonial da cidade abrindo novas áreas de expansão planejada. O programa Belém Carbono Zero que se preocupa com as emissões de gases de efeito estufa, atuando tanto na redução como na captação através de parques e áreas verdes, num transporte público de qualidade e na coleta e destinação final de lixo e esgoto. O programa Belém é vida que traz propostas para o resgate a cidadania nas áreas de segurança pública, saúde e educação.




As  linhas programáticas foram aprovadas pelos presentes, juntamente com um calendário de debates pelos distritos de Belém, com os jovens, com as mulheres, com os sindicalistas e com empresários. Solicitamos, por exemplo, uma reunião com os dirigentes dos mercado imobiliário para apresentamos nossas propostas para Belém.

O PV acredita que Belém pode ser a capital ecológica do Brasil e do Mundo, cuidando bem do meio ambiente e da sua gente. Um cidade sustentável e humana é o que queremos.

Fonte : Blog do Zé Carlos do PV

Penna figura entre os congressistas mais importantes do ano segundo estudo “Elite Parlamentar”

O deputado federal Penna está entre os congressistas mais influentes, atuantes e importantes do ano segundo o estudo “Elite Parlamentar”, que a empresa de consultoria política Arko Advice acaba de anunciar. A lista relaciona um total de 105 congressistas, sendo 64 deputados federais e 41 senadores. 

Depois de já ter sido considerado um dos “Cabeças do Congresso” na lista anual do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), a presença em mais um estudo reforça o reconhecimento ao trabalho que Penna vem desenvolvendo em seu primeiro ano de mandato.

O estudo destaca o protagonismo de Penna nos movimentos ambientalistas e no apoio aos povos indígenas, além de considerar seu papel de liderança como presidente do PV. A Arko Advice é considerada uma das principais empresas de consultoria política do Brasil no mercado financeiro nacional e internacional. É reconhecida como fonte de informação e análise fidedignas tanto pelo setor público quanto  privado

Confira a lista completa no site :  http://www.arkoadvice.com.br/

Fonte : site do Penna

Líderes do PV afirmam que Crato será "pintado de Verde" em 2012


Outra boa notícia para os verdes do Crato foi a informação repassada pelo presidente Marcelo Silva de que o Valberto do Serrano irá assumir uma vaga na Assembleia no início de 2012.
O Crato vai ser pintado de verde em 2012! É o que ficou claro em encontro com a participação dos presidentes nacional e estadual do PV no último fim de semana na cidade. O deputado federal José Luiz Penna afirmou que o partido vai lançar candidatos a prefeitos em todas as capitais, inclusive Fortaleza, e nas grandes cidades do Brasil, como Crato e Juazeiro do Norte.

O pensamento foi endossado por Marcelo Silva. Para o presidente estadual, o PV vai colher muitos frutos plantados em 2010, ano em que ele foi candidato a governador. "Em 2012 vamos crescer muito, elegendo um grande número de vereadores e prefeitos, inclusive de grandes cidades", previu.

A presença do prefeito Samuel Araripe no evento, e seu discurso de apoio ao trabalho do presidente do PV Crato, pré-candidato do partido, deu o tom de como será a camapanha no município. "O Cicinho é de minha confiança desde que foi meu chefe de gabinete. Agora como secretário de Saúde está fazendo uma gestão exemplar", afirmou o prefeito.

Samuel se referia ao Dr. Cícero França, carinhosamente conhecido como Cicinho. Desde que assumiu a secretaria de saúde do município, Cícero França ampliou todos os serviços: aumentou as equipes do PSF; implantou plantões noturnos nos postos de saúde e reestruturou os equipamentos, trabalho pelo qual tem sido reconhecido e elogiado na cidade.

Outra boa notícia para os verdes do Crato foi a informação repassada pelo presidente Marcelo Silva de que Valberto do Serrano, suplente de deputado do PV, irá assumir uma vaga na Assembleia Legislativa no início de 2012. A notícia foi comemorada por todos os verdes do Cariri. Valberto foi o segundo mais votado no Crato na eleição de 2010, com quase 10 mil votos, ficando na terceira suplência do Partido.

As declaraçõe foram feitas durante evento realizado no último dia 17/12 no Crato.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ditador norte-coreano, Kim Jong-il, morre aos 69 anos

Ditador norte-coreano, Kim Jong-il, morre aos 69 anos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ditador norte-coreano, Kim Jong-il, morreu no último sábado (17) aos 69, segundo informou nesta segunda-feira a televisão estatal do país comunista, a KCTV. 

 
Em uma transmissão especial, a emissora informou que Kim morreu às 8h30 locais (21h30 de sexta-feira em Brasília) durante uma viagem de trem, vítima de um "problema cardíaco" devido a uma "grande tensão física e mental".
A emissora de notícias sul-coreana YTN, por sua vez, atribuiu a morte de Kim a um infarto do miocárdio. 

Segundo informações da informou a agência oficial KCNA, o filho mais novo do ditador, Kim Jong-un, irá sucedê-lo no comando do estado comunista.
Kim Jong-un, que teria cerca de 30 anos de idade, já havia consolidado sua posição como futuro líder da Coreia do Norte em setembro do ano passado, quando foi nomeado publicamente general de quatro estrelas e vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores. 

Especulações sobre o estado de saúde do ditador norte-coreano já vinham ocorrendo há algum tempo. Acredita-se que Kim tenha sofrido um derrame em 2008, no entanto, ele tinha aparecido relativamente saudável em fotos e vídeos em viagens recentes à China, à Rússia e pelo país. 

Pouco depois do anúncio da morte de Kim, a Coreia do Sul colocou suas Forças Armadas em "alerta máximo" e o presidente do país, Lee Myung-bak, convocou uma reunião do conselho de segurança nacional. 


Reuters
O ditador norte-coreano, Kim Jong-il
O ditador norte-coreano, Kim Jong-il, em foto do último dia 9 de setembro
 
FUNERAL

O funeral do ditador irá ocorrer no próximo dia 28 em Pyongyang, segundo informou a KCNA.

O país comunista permanecerá de luto até um dia mais tarde, 29 de dezembro, acrescentou a agência.

A KCTV, por sua vez, informou que o corpo do ditador será enterrado no Palácio Memorial de Kumsusan, onde também fica o mausoléu de seu pai, Kim Il-sung.
 
PERFIL

Kim Jong-il estava à frente da dinastia comunista hereditária norte-coreana há 17 anos, nos quais governou com mão de ferro um regime baseado no culto à personalidade.

O ditador era visto no Ocidente como um líder de perfil excêntrico. Analistas advertiam no entanto que se tratava de um homem muito hábil e um grande estrategista.

Kim costumava ser ridicularizado por seus hábitos de playboy, sua cabeleira e seus sapatos de salto alto (para compensar a baixa estatura), mas essa imagem seria equivocada ou enviesada. Pária no resto do mundo, o ditador é visto "como um Deus" no país e é chamado de "querido líder".

Kim Jong-il é o primogênito de Kim Il-Sung, fundador da Coreia do Norte comunista e idolatrado no país. Segundo a propaganda oficial, quando Kim Jong-il nasceu, em 16 de fevereiro de 1942, surgiram no céu uma estrela e um arco-íris duplo. Desde então, o monte Paekdu, onde teria nascido, é um lugar sagrado.

Vários analistas, porém, acreditam que ele nasceu num campo de treinamento guerrilheiro russo, a partir de onde seu pai empreendeu a guerra de resistência contra o Japão, até 1945.

Após obter um diploma universitário, em 1964, Kim começou a fazer carreira dentro do Partido dos Trabalhadores. Suas funções incluiriam a organização de atentados, como a explosão de um avião da Korean Airlines, em 1987, que matou 115 pessoas. Ele assumiu o controle do Partido dos Trabalhadores em 1994, no ano da morte do pai. 

Fonte: www.folha.com.br