sexta-feira, 2 de setembro de 2011

José Luiz de França Penna - Presidente Nacional do Partido Verde


José Luiz de França Penna, ator, músico, cineasta e presidente nacional do Partido Verde, é natural de Natal, onde nasceu em 27 de dezembro de 1945, mas identificado com e por laços e origens baianos. Ainda na Salvador dos anos 60, dividiu-se entre a música e o ativismo político, tendências que iriam marcar definitivamente sua trajetória pessoal. Ingressou no Seminário Livre de Música da Universidade Federal da Bahia, como vários músicos de sua geração. Filiou-se ao Partido Comunista e, durante um bom tempo, ganhou a vida tocando na noite como baterista de uma banda de rock.

Já radicado em São Paulo, nos anos de chumbo do regime militar, escolheu o palco como espaço de expressão e ação política. Atuou em duas montagens ícones da época: Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, e Hair, original de James Rado e Gerome Ragni – preso em Belo Horizonte com todo o elenco do musical e desafiado para um racha com a seção mineira do antigo Dops, entrou em campo com o coração no bico do pé. Literalmente, para espanto (e temor) dos agentes de frente adversários.

A partir daí, deu seqüência a seu trabalho musical compondo em diversas parcerias. Com Belchior, assinou a mais conhecida de suas composições: Comentário a Respeito de John, balada em referência a John Lennon, que se tornou hit instantâneo na voz do próprio Belchior no fim dos anos 70.
E com Tiago Araripe e Paulinho Costa, criou o Papa Poluição, uma das bandas pioneiras na fusão do rock com ritmos regionais nordestinos, ganhando a cena alternativa paulistana.

O trabalho de composição o levou ao cinema nos anos 80, assinando com seus parceiros de Papa, a trilha de sonora de Sargento Getúlio (1983), e depois, individualmente, de A Fronteira das Almas (1987), ambos dirigidos por seu irmão Hermano Penna. A investida no cinema ainda o levaria ao trabalho de assistência de direção em Louco por Cinema (1994), de André Luiz Oliveira, e mais recentemente em Mário (2000), do próprio Hermano Penna.


Paralelamente à carreira artística, Penna impulsionou projetos de natureza sócio-cultural e ambiental. O primeiro foi a criação do Centro Cultural de Vila Madalena, hoje referência em São Paulo na promoção de festejos de rua, como é a tradicional Feira da Vila, evento que ajudou a emprestar ao bairro os traços de agito cultural e boemia que ganhou nos anos posteriores.

Foi o Centro Cultural da Vila Madalena que possibilitou também a mobilização por intervenções urbanas e paisagísticas destinadas à elevação da qualidade de vida no bairro e em seu entorno. A principal delas foi a criação, em meados dos anos 90, do Parque Villa Lobos, hoje uma área de 732 mil m², com equipamentos de lazer e esportes, anfiteatro e um bosque de Mata Atlântica.

Outro projeto foi a fundação da Comissão Pró Índio de São Paulo, organização não-governamental dedicada à luta pelos direitos civis indígenas e comunidades de quilombos remanescentes. O contato com as comunidades pavimentou o caminho que o uniu a ecologistas e outros segmentos da sociedade civil para a formação do PV em 1987. Desde então assumiu o papel de dar forma às proposições do partido, fundamentadas no desenvolvimento sustentável, no bem-estar sócio-ambiental, nos direitos civis e das minorias.

Eleito presidente nacional do PV pela primeira vez em 1999, dispôs-se a percorrer o País a fim de estruturá-lo nacionalmente em suas várias instâncias. Como parte da estratégia para angariar votos e visibilidade partidária, candidatou-se sucessivamente por São Paulo aos vários pleitos proporcionais e majoritários que se seguiram desde então, incluindo a disputa pelo Senado, em 2002, pelo qual obteve 226 mil votos, a Prefeitura, em 2004 e a Câmara dos Deputados, em 2006.


Penna acredita que o exercício da política se dá entre o ativismo e a prática institucional, como um caminho capaz de fazer frente aos desafios de um tempo em constante transformação. E que aspectos fundamentais da sociedade devem ser discutidos sob um novo ponto de vista que traduza melhor o Brasil e a sociedade global do século 21. 

Fonte: www.joseluizpenna.com.br

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