sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Penna participa de audiência pública sobre Educação Ambiental

penna - educação ambiental

Penna participou na tarde desta terça-feira de uma audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para discutir os desafios, problemas e dificuldades enfrentados pela educação ambiental. “A educação ambiental deve ser adquirida pelas crianças do mesmo jeito que acontece a aquisição de linguagem, que é feita quase mecanicamente e de forma permanente”, apontou o palestrante João Ricardo Moderno, professor doutor da UERJ. “É uma coisa industrial do começo do século XX a ideia de que o poder do homem sobre a natureza é inesgotável, inexaurível. A educação ambiental deve mostrar não só na finitude da vida, mas também na finitude dos recursos naturais”, afirmou.

“Nós temos que reavaliar esse tempo industrioso, industrial horroroso. A eficiência não passa por estragar o planeta, por detonar nossos recursos”, afirmou o deputado Penna. “Eu fico feliz quando esse debate chega à academia. Sem o conhecimento a gente não vai conseguir andar. Nós estamos vivendo um momento de transição muito profunda, e mudar uma cultura arraigada é a coisa mais difícil. Precisamos buscar bandeiras, símbolos, para empreendermos a transformação necessária”, argumentou.

Para Nilo Sérgio de Melo Diniz, diretor do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, faltam recursos para serem investidos em educação ambiental. Na lei 9.795, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, foi vetado o artigo que previa que 20% dos recursos acumulados em multas ambientais seriam destinados à educação ambiental. “A limitação de recursos técnicos e financeiros impede que a educação ambiental ganhe escala nacional, com ações continuadas, repercussão local e formação de multiplicadores”, queixou-se.

Helena Rocha Barbosa, consultora da Coordenação-Geral de Educação Ambiental/SECADI do Ministério da Educação, acredita que“o desafio é incluir educação ambiental no currículo pedagógico das 196.702 escolas no Brasil”. “Existe uma discussão que educação ambiental deva ser uma disciplina no ensino fundamental, e nós explicamos que a educação ambiental transversaliza todas as disciplinas. Temos de pensar no currículo como um todo, não de forma fragmentada, onde as disciplinas não dialogam, onde há tempos pré-determinados”.

Nelson Mello de Souza, Professor Doutor e Presidente do Centro de Altos Estudos em Sustentabilidade da ABF – Academia Brasileira de Filosofia, concordou com o aspecto transdisciplinar do tema. “Se chamarmos um jurista pra compor um currículo sai de um jeito, se chamarmos um geólogo sai de outro, se chamarmos sociólogos modernos sai de outro. Esse lugar de diálogo é que precisa primeiro ser esclarecido para que se possa compor uma agenda de educação ambiental que faça algum sentido”, argumentou o estudioso. “O dilema da equação ambiental é encontrar um ponto de equilíbrio entre as diversas ciências para buscar a transdisciplinaridade e a compreensão do fenômeno para daí, com o diagnósticos certos, sairmos para a terapia correta”, concluiu.

Fonte: www.deputadopenna.com.br

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